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Agosto inicia com aumento de tarifas e queda do Bitcoin

Na manhã desta sexta-feira, o mercado de criptomoedas estava passando por uma forte correção, com o valor total caindo para US$ 3,74 trilhões, uma queda de 4%. O Bitcoin (BTC) girava em torno de US$ 114,9 mil, apresentando uma desvalorização de 3%. Apesar da queda, o BTC mantinha uma dominância de 61,2% do mercado, mas o sentimento dos investidores estava num nível neutro, com 57% deles hesitantes. Além disso, a maioria das altcoins viu seu valor despencar, com algumas registrando perdas de até 30%.

Essa onda de instabilidade se seguiu à publicação de um novo decreto do presidente dos Estados Unidos, que estabelece tarifas alfandegárias extras sobre importações de diversos países. Embora a aplicação dessas tarifas tenha sido adiada para o dia 7 de agosto, o impacto já estava sendo sentido. Por exemplo, a tarifa para importações do Brasil saltará de 10% para 50%, e o Canadá verá um aumento de 25% para 35%. Outras mudanças significativas incluem a tarifa da Síria, que aumentará para 41%, e a da Suíça, que alcançará 39%.

No cenário internacional, as principais bolsas da Europa e da Ásia também estavam registrando quedas, com índices caindo até 2%. Em relação ao dia anterior, os índices S&P 500 e Nasdaq, que costumam seguir a tendência do Bitcoin, perderam 0,37% e 0,034%, respectivamente, mostrando um impacto inicial suave das novas tarifas.

Por outro lado, o VIX, conhecido como o “índice do medo”, estava em alta, com aumento de 19%, alcançando 18,43 pontos. No que diz respeito aos fundos de investimento (ETFs) focados em criptomoedas, os ETFs de Bitcoin registraram saídas líquidas de US$ 114,83 milhões, enquanto os ETFs de Ethereum (ETH) viram entradas de US$ 17 milhões. Esses dados são fornecidos pela plataforma SoSoValue.

No mercado de Futuros, o Interesse Aberto caiu para US$ 192,1 bilhões, uma diminuição de 4,5%. Em contrapartida, o volume de transações subiu para US$ 377,8 bilhões, um aumento de 24,5%. Porém, as liquidações de traders alavancados atingiram US$ 758,5 milhões, sendo US$ 707 milhões em posições de alta e US$ 51 milhões em posições de queda, indicando uma desvantagem significativa para os apostadores em alta, conforme os dados da Coinglass.

De acordo com a plataforma de monitoramento, muitos ativos alternativos (altcoins) estavam enfrentando pressão de venda, o que pode ser observado pelo índice de força relativa (RSI) em um mapa de calor de quatro horas.

Além disso, a análise do CoinMarketCap apontava para uma saída de capital das altcoins. O índice altseason, que analisa as 100 maiores altcoins, caiu de 41 para 35 pontos. No grupo das mil altcoins maiores em capitalização, algumas das mais afetadas foram o RYU, que caiu 30%, e o WILD, que despencou 27,4%.

Enquanto isso, algumas altcoins conseguiram registrar altas de dois dígitos percentuais, como o STRK, que subiu 25,2%, e o M, que avançou 10,7%. As moedas TPT e TREE também tiveram valorização relevante.

No quesito novidades, algumas novas listagens foram feitas em diferentes plataformas, como o ANI e BLUE na Bitrue, e o EL na Bitkub, entre outras.

Recentemente, as criptomoedas tiveram um alívio, com algumas subindo até 54%. O Bitcoin, por sua vez, conseguiu manter o suporte em US$ 118 mil após decisões do Federal Reserve, conforme noticiou o portal.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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